Será possível um ser transformar-se em poucas horas, em poucos dias? Eu diria pela segunda vez que: não.
Por outro lado, é sim possível (RE)conhecer-se. (RE)conectar-se. (RE)lembrar-se. (RE)viver-se. (RE)consciencializar-se.
E não é pouco!
É uma tarefa que poderá ser apelidada de “transformação”, mas é bem mais que isso. No meu caso, as dimensões que (re)visitei de novo este fim de semana que passou, não têm naturalmente fim.
Devemos pois, com todo o conhecimento adquirido, encetar a nossa jornada física com mais atenção, carregando toda a espiritualidade em todas as acções diárias, resgatando-lhes a magia inerente.
As respostas chegam pois, para quem sabe esperar.
Das inúmeras realizações que nos esperam na vida, manter o coração iluminado é a ponte para a concretização de todas elas.
Ser-se VERDADEIRO e PURO, é o único denominador comum dos vários caminhos para a transcendência, na derradeira jornada descodificadora da realidade, que nos conduzirá eventualmente à ascensão.
Ceder ao ego, à inveja, ao ciúme, ao medo, à raiva… são subterfúgios que nos impedem de enfrentar o nosso EU, qual espelho onde nos vemos reflectidos nos “outros”.
Se nos chateamos com outrém, no fundo fazemo-lo sempre connosco, porque sem estarmos em paz de espírito, projectamo-nos no outro e rejeitamos instintivamente o que vemos…
Só na compaixão e na vivência da beatitude (sem implicar necessariamente um extremismo isolacionista), nos permitiremos ao avanço quântico para o próximo nível.
Degrau a degrau, até à assumpção da centelha divina, sem necessariamente passar por um novo corpo e uma nova consequente aprendizagem.
Urge pois contagiar, sem nos deixarmos contaminar.
Urge pois purgar e parar de absorver a negatividade latente em nosso redor, com maior natural incidência na cultura ocidental.
Urge ensinar através do nosso testemunho e do nosso exemplo, por mais duro que seja, porque no fundo a dor é também ela um veículo de aprendizagem, qual “futura memória que nos lembra por onde não regressar”, ou por ventura o avivar do ensinamento, da experiência adquirida e compreendida, logo: integrada.
Fujamos pois da mentira confortável, mas não da dor que ensina.
Na verdade… se aumenta a consciência, aumenta consideravelmente a responsabilidade.
Uma vez vendo, ouvindo, sentindo, testemunhando os mistérios da vida, consolidamos o dever de não esquecer, de não ignorar.
A derradeira escolha, cabe-nos a nós. O livre arbítrio é afinal isso mesmo.
Sintamo-nos vivos, partes integrantes que somos deste enorme organismo pulsante e vibrante do qual toda a humanidade faz parte.
Essa sim, é a verdadeira magia.
Um resumo rápido?
NÃO MENTIR. SEJA EM QUE CIRCUNSTÂNCIA FOR.