Comecei a perder pessoas ainda cedo… cedo…? Pois, não sei.
Acho que nunca se é tarde para morrer. Nunca é tarde para que alguém que amamos, parta e para mais: em definitivo (no que a esta vida física diz respeito).
Relembro amigos que eram como irmãos, relembro irmãos de sangue, mesmo. Relembro avós, relembro o meu Pai.
Outros, terão ainda menos gente viva dessa, consigo. Outros, nunca sequer os tiveram alguma vez.
Na verdade, claro que dói. Dói sempre.
Regressamos a imagens, a vivências, a lugares… vezes sem conta. Encontramos as suas faces em rostos desconhecidos. Em sussurros que nos traz o vento, que toca nas copas das árvores.
Sei que ainda muitos irão partir, de entre aqueles que mais amo. E algum dia partirei eu, também.
Não tenho medo da morte, tão presente que ela tem sido na minha vida, desde miúdo, quando até a mim me queria levar vezes sem conta.
O maior desafio é não pensar nela. A nenhum instante, a nenhum momento. E viver apenas despreocupadamente, responsavelmente, amando e tocando os seres que connosco se cruzam. E não os esquecer…
Isso, não.