#138 E T E R N I D A D E

A vida e as suas vicissitudes. 
 
O tempo vai avançando, vamos caminhando e a dado momento perguntamo-nos:
 
– Para onde vamos e onde estamos, afinal?
 
Eis pois, nesta simples pergunta, três das maiores provas de que estamos vivos: 
1. Questionarmo-nos filosoficamente sobre o mistério da vida; 
2. Assumirmos o “despertar” e 
3. Sentirmo-NOS.
 
Há já algum tempo que me sinto vivo. Não falo de me sentir vivo… falo de me sentir VIVO, mesmo!
 
A vida não me escorre nas mãos, antes saboreio-a! As emoções não são vividas a frio, antes fervilho nas veias!
 
Tenho pensamentos dicotómicos sobre algumas matérias. Por vezes encontro-me no meio de paradoxos, em encruzilhadas intensas. 
 
Naturalmente que isso é estar vivo, porque quando experiencio, quando dialogo e aprendo também com todas(os) as(os) Mestres que comigo se cruzam no caminho: o pensamento evolui.
 
Mas quem é que disse que não reside aí o sabor da vida? Quem é que disse que as regras devem ser iguais para todos? Porque não ousar ser diferente? Porque não ousar criar novos circuitos, novos paradigmas, novas emoções, novas sensações, nova eternidade?
 
Cansado estou de estereótipos. Não de hoje, mas de sempre. Desde que me conheço. 
 
Cansado estou de observar o mundo, sob um olhar atento e de verificar as marionetas que se movimentam ao sabor do manipulador… e esse, esconde-se muitas vezes em cada écran de televisão, em cada jornal, em cada revista, em cada cartilha que nos é ventilada por cada corporação com interesses instalados. Em cada organização que não permita a liberdade, que não tolere a diferença e que tente impor a sua verdade.
 
Sou cada vez mais livre no pensamento, cada vez mais livre na acção. É um caminho incompleto, mas olho para trás e penso no tanto que já se conquistou. No tanto que já se palmilhou, na imensidão do mar e do céu percorridos… e na alegria que sinto, quando penso no que há ainda para percorrer.
 
Claro que nesse caminho não há só prazer, mas também alguma dor. Mas aquela dor que ensina e que se dilui com o tempo. A lágrima que dá lugar ao sorriso, o rosto que de triste se faz alegre e aí fica.
 
E se não fica imediatamente, talvez seja acima de tudo ao se sentir “estranho” por poder ser afinal: tão simples… ora, ir contra muito do que bebemos ao longo da vida, causa sempre alguma mossa. Mas é precisamente aí que reside a construção do nosso SER. Ou direi antes, a derradeira (re)descoberta, o delicioso sabor da vertigem, as borboletas no estômago. 
 
Apelo a quem se queira juntar nessa viagem. 
 
A quem já está, que aqui fique se sentir. E a quem partir, o meu abraço sentido na certeza de que aguardarei até que regresse.
 
Mas se por ventura não regressar… é porque no fundo e afinal: AQUI… nunca terá afinal chegado. 
 
E então… a quem partir, só posso desejar os meus votos de boa viagem e guardar todas as memórias com o meu melhor sorriso.
 
…quanto a quem decidir ficar a escrever a história:
 
 
 
:))
 
 
(TO BE CONTINUED)