Há sempre um determinado ponto na vida em que tudo é parcialmente (senão totalmente mesmo), fruto de uma desgastante e qui ça desconcertante: repetição.
Olhamos para trás e desfrutamos, caso estejamos atentos, da(s) a(s) nossa(s) própria(s) sombra(s). Acompanham-nos todos os EU’s que outrora fomos, perseguindo-nos, na tentativa de participarem, condicionarem, até de talvez impedirem a manifestação dos novos caminhos.
Umas vezes são bem sucedidos, (péssimo para nós), outras vezes não.
Quem somos “nós” afinal, se estamos em constante mutação? Qual o ponto em que a tal “essência” corre o risco conservador de nos impedir a evolução?
Qual o ponto chave em que o poderoso, mas sempre derrotável medo, se esconde por detrás do desejo de mudança e se mascara de valores e princípios?
Qual o ponto em que o ego assume os comandos da máquina e se auto-alimenta das imagens projectadas de nós mesmos nos outros e necessariamente em nós?
Em que medida o karma, a existir e para quem o subscreve, compromete afinal o livre arbítrio, pervertendo as nossas escolhas, momento a momento?
Paro, observo e deparo-me com o imenso e quase adorável dejá vu, ao qual quase me apego, enquanto doce e carinhosamente o analiso e saboreio pedaço a pedaço.
Porque essa falha no vórtice espaço tempo, em que me permito descansar um pouco, merece sem dúvida a sua calma e serena degustação!
Até porque será a última vez, nesta forma. E isso, é mais do que motivo de celebração, pesem embora todas as inúmeras dores da caminhada…
Invade-me nesses momentos, o estado de gratidão pelo (re)conhecimento. Pela pausa!
Pelo gigantesco banquete que me é uma vez mais oferecido e que contemplo com todos os mais desconhecidos sentidos, mas igualmente com os olhos da alma atentos e lágrimas contidas. Umas vezes, sim.
Outras não.
Mas é sempre de saborear…
Mas é sempre de saborear…