Tudo passa num ápice. TUDO!
No nascimento à infância. Da infância até à adolescência. Da adolescência até à idade adulta. Da idade adulta até à velhice. Da velhice até à morte… a seguir: renascimento?
Nem sempre cumprimos todas essas etapas, mas encontramo-las em tudo. Relacionamentos, vida profissional, as nossas ligações a lugares…
Tudo sempre tão efémero! Tudo sempre em permanente mutação. Tudo sempre tão impermanente.
Hoje, o mote para meditar um pouco mais em tudo isto, (tarefa que no entanto me invade a todo o instante), foi a despedida de alguém muito próximo, do seu irmão de sangue.
No fundo, também era meu irmão, porque o primeiro é como se o fosse. Logo: É.
A dor da partida é para muitos, difícil de debelar… A ausência permanente que se tenta impôr, as memórias, o futuro que já não acontecerá.
Hoje, no entanto, eu mesmo me sinto cada vez mais preparado e pessoalmente: “tenho sempre as minhas malas feitas”.
Costumo dizer que nao há forma de ficarmos “preparados” se não mudarmos a nossa matriz de pensamento, despertando e claro… perdendo muitas pessoas, antes. Parece uma visão masoquista, mas é a que acredito. A experiência ajuda em tudo. Até nisto.
É que às tantas, percebemos que não lhe podemos fugir e a solução é encarar a coisa de frente.
Nascer e morrer. São as únicas duas certezas!
Por isso, no meu caso pessoal, convivo já bem com a morte. Desde tenra idade que me cercava e não levou a melhor. Isso fez-me ter muito gozo na vida. Depois… comecei a “perder” pessoas. Perder entre aspas, porque estão todo vivos.
Aliás, todos os “meus mortos vivem em mim”. Sinto-me pois em paz com isso, com a sua partida do mundo físico. Mesmo escandalosamente preparado para que todos, até ao último: partam. Até que também eu parta, um dia.
Aliás, todos os “meus mortos vivem em mim”. Sinto-me pois em paz com isso, com a sua partida do mundo físico. Mesmo escandalosamente preparado para que todos, até ao último: partam. Até que também eu parta, um dia.
Porque haverá sempre um novo sol a despontar em qualquer lado… Haverá sempre algo novo para fazer. Um novo corpo, ou apenas luz, ou a derradeira fusão… no mínimo o regresso ao cosmos, a parte que se junta ao todo. Um novo início!
E até lá?
V I V E R !!!