O sangue corre-nos pelas veias.
Quente…
Todos os dias. Mesmo todos?…
Rejubilamos, sorrimos, sofremos, questionamos.
De onde viemos, para onde vamos? Onde estamos, até!
Aos poucos, a gélida inconstância se apodera do nosso ser e numa lágrima nos perdemos mais tempo do que o aceitável. Num sorriso de outrora, encontramos o vazio. No ruído das gargalhadas, descobrimos agora o imediato silêncio.
A fugacidade e a efemeridade da vida, encontram no colo da eternidade (ainda que também ele uma bizarria de quem, como eu, não aceita que o corpo físico seja tudo o que ora existe) uma solução para a indesculpável finitude de quem um dia desaparece, mas jamais dos corações que um dia tocou.
A morte apresenta-se-nos, na vida de todos os dias. Toca-nos ao de leve, suavemente! Petrifica-nos, electrifica-nos e lembra-nos.
De ocidente para oriente. Um dia isto acaba!
Mas hoje?
Hoje, não.
P.S. – in memoriam de O.S. e de tantos mais, que agora repousam o sono dos justos, aos quais um dia nos juntaremos.