A vida e as suas múltiplas formas e feitios.
Constantemente somos colocados à prova.
Depressões que nos atravessam adentro, pelo passado que nos trazem; stress diário e constante pelo excesso do presente nas nossas vidas ou o também excesso mas de futuro, traduzido em ansiedades várias.
Na verdade, os corações também se gastam. Também oxidam.
Manter a pureza original e preservar a essência, num corpo e mente toda ela impermanente, é sem dúvida complexo.
O desafio da percepção dos vários contextos, da consolidação da verdade das nossas vidas e da desmistificação da evolução das posições, por contraposição à descoberta da outrora confortável mentira, é desafio constante.
Um corpo finito, que guarda uma espiritualidade que se eternizará.
Como fazer o equilíbrio entre o prazer do imediato, à imperiosa solidez que tudo o que se pretende duradouro, necessita?
Como separar o trigo do joio, como cessar os vários carrosséis da vida e aceitar a sensação de dejá-vu que se materializa ad eternum?
O doce: afinal é fel. O fel, às vezes sabe a mel. Contraditório?
Eis o paradoxo da vida exposto nas suas dimensões várias, onde só se desilude quem se ilude.
Nem sempre a caça, nem sempre o caçador. Nem sempre a lágrima, nem sempre o sorriso.
Afinal, nem tudo o que sempre foi, sempre o seja!
O que não quer dizer que o que nunca foi, algum dia o não venha a ser…
É assim a vida.
Lutar ou aceitar, é questão diária! É dúvida filosófica premente, incómodo sistemático, em movimento ou estático: verdadeira equação matemática por resolver.
Isto de viver várias vidas, observar vários mestres, regressar em tempos e tempos imemoriais: cansa.
E a novidade? Quando vem? O que mais se quer é: A novidade!
Mas Ela não vem, gasta que está a história vivida, contada e recontada em tempos diversos, com fenómenos dispersos, num cosmos que de grande se faz pequeno, pela repetição que surge em formato jardim-escola.
– Sim, Senhor Professor. A repetição? Vou já.