Acredito que nem todos estaremos a perceber a dimensão da dádiva que caiu sobre nós.
Digo isso, porque a parte do terror… essa, muitos de nós já a perceberam.
Sim, a verdade é a de que podemos enfim, morrer! (nada de novo)
Mas já o poderíamos, desde que nascemos.
E o que fazer com as nossas vidas?
Sobreviver através do medo, todos os dias, ou por ventura entender a transitoriedade dos nossos corpos físicos? Certamente, a segunda.
Muitos de nós precisaram deste abanão, para perceberem que tudo quanto fazemos, pode afectar o nosso semelhante. Para perceber que os nossos actos: afectam-nos. Afectam-nos a nós, aos outros e… ao planeta que chamamos de casa.
O Planeta sofre, sofre com o vírus que o ataca não de agora, mas de há muito e que somos: nós. Destruimos ecossistemas. Destruímos espécies inteiras. Poluímos o ar, o mar e as florestas. Subscrevemos a ganância e exageramos. Exageramos, exageramos.
Talvez agora, alguns percebam a responsabilidade de reciclar. De não consumir desmesuradamente. De agir, em espírito de interajuda. De por outro lado, não nos darmos com tanta facilidade. De nos resguardarmos e de olharmos para o nosso interior. De meditarmos! De fazermos exercício, mesmo que em casa. De nos alimentarmos bem, de nos hidratarmos bem, de olharmos bem para o que comemos, que vitaminas ingerimos. De todos percebermos mais um pouco de medicina, do funcionamento dos nossos fracos e débeis corpos. De telefonarmos a quem não o fazíamos há muito. De dar amor, mesmo através de uma chamada. Talvez de ler, ou de escrever, ou de começares um novo caminho. De admirarmos os profissionais de saúde que salvam vidas, os empregados dos restaurantes que alguns tratam mal, os cantoneiros de limpeza que continuam a recolher o nosso lixo… E de tantos, tantos mais!
Sim, o tempo está a passar. Vertiginosamente! Já estava. Só talvez não tivesses reparado.
Sentir a morte por perto, é sempre uma dádiva. Porque nos permite reinventarmo-nos. Porque nos permite rapidamente redefinirmos as prioridades. E.. de despertarmos o pior… mas também, o melhor em nós.
Escolhe quem queres ser, agora!
Agora, JÁ!
DESPERTA!
Perto deste desafio que te é colocado em frente, nada é mais importante. Nem se o teu governo está a fazer tudo o que poderia, ou as teorias de quem ou como surgiu o vírus.
DESPERTA, apenas! É tempo de escutares o teu coração. De te emocionares. De VIVERES.
DESPERTA, como se disso dependesse a tua própria vida.
Quem sabe… quem sabe… mais à frente, O percebas.