Interessante como à medida que se aproxima mais um “fim de semana”, me vêm à memória sensações que já experimentei em algum hiato espaço-temporal, criado com esse objectivo.
Como um intervalo planeado pelo Criador, para dar alguma luz à sua criação…
De alguma forma, a recordação se aviva e me apercebo das transformações positivas que de mim se apoderaram para sempre.
Os típicos padrões shipibo e as mais variadas formas geométricas envolventes, por entre uma multiplicidade de cores. Chakras desalinhados, energias soltas e dispersas para todos os gostos.
Ícaros tribais, uns de guerra e outros agindo como se de agulhas de acupunctura se tratassem, certeiros ao alvo, cumprindo a sua missão.
Máscaras maias, felinos com fartura rodeando e inspeccionando, mariposas reluzentes e esvoaçantes. A Natureza no seu esplendor, o gigante pulmão ambiental, respirando com dificuldade face a todos os erros que nós humanos temos cometido.
A sensação da vertigem, do mergulho no nada. A viagem pelo cosmos adentro, interestelar. O prazer de viajar e de parar em suspenso no tempo. A experimentação de uma e de todas as sensações. A história de todas as eras, ali contada só para nós, com toda a paciência de quem ensina a uma criança a dar os seus primeiros passos.
O dolby surround da mente, os super-poderes todos ao mesmo tempo.
A transformação final e os seus derivados. A busca desenfreada pelo entendimento, a chegada da paz. A harmonia e o equilíbrio.
A mudança para o ser completo, o sorriso ainda mais fácil e sincero. A meditação ainda mais profunda, a mentira mais difícil, a vida mais cheia, o fim de todo e qualquer medo da morte, a certeza na crença da divindade plena.
O sol mais forte que a sombra. O fim do ego, o reforçar da compaixão suprema.
Esta sim, é a bebida que de amarga se torna doce e não o seu contrário. A verdadeira purga global firme no seu propósito, em nome de todos e de um só.
SOMOS TODOS UM.