Pudesse eu dar um grito sem dor
preencher de vida este quadro em branco
encher de poemas e quadras de amor
lágrimas soltas que correm em pranto
Quem sabe outra história mais alegre
colorisse antes de tonalidades várias
oferecesse sorrisos a esse corpo imberbe
e largasse preconceitos, repressões primárias
Lá fora o dia está enublado
parece morto, triste e adormecido
até a linha do horizonte, alguém terá apagado
caio no chão, escancarado e entorpecido
Parou o tempo, não há volta a dar
terminaram o som, os odores e a imagem
fecharam o sol… está tão belo o luar
começou afinal a derradeira viagem.
NOTA: Para os menos atentos, qui ça pouco versados nas artes das letras, mas ainda assim certamente meus amigos(as) e daqueles bem queridos(as), relembro que “a escrita, a tudo permite”. Personificações, interpretações várias dos nossos alteregos, decifração de estados de alma e afins. Estou vivo, bem vivo e cada vez gosto mais de viver. Possivelmente desconhecem a escrita que guardada tenho desde os 13 anos e que tem sido, a par da música: bastante terapêutica.
E já agora… o quadro acima exposto é “O grito”, que é uma série de quatro pinturas do norueguês Edward Munch, representando precisamente um momento de angústia profunda e desespero existencial.
É das pinturas mais icónicas do movimento expressionista. A 2 de Maio de 2012, foi vendida por 119,9 milhões de dólares.
Naturalmente este meu pequeno poema é grátis.
Por isso levem e se quiserem tomem este remédio, que ficam a ganhar…