Não é fácil, de facto.
Assumirmos o carácter eminentemente especial que cada um de nós desempenha no universo, é uma missão solitária, mesmo incómoda por vezes.
No que diz respeito a lidarmos com os(as) outros(as), então: é um verdadeiro inferno. Porque as parecenças com outrem vêm sempre à tona. E porque é difícil demonstrar a diferença, em corações contaminados por outras vivências.
As palavras parecem iguais, os olhares se calhar por vezes também, o toque idem. Será?
E depois nem nós somos estanques… erramos, evoluímos e mudamos.
Qual a solução?
Sermos quem somos, independentemente do resultado. Afirmarmo-nos na nossa solidão, sem nos tornarmos eremitas, ainda que se preciso for: que o façamos e durante o tempo que precisarmos.
No fundo, o que importa somos nós e a nossa consciência, os nossos valores, os nossos princípios. E claro, tentar não incomodar ninguém que no seu sono letárgico não queira ser incomodado.
Pouco interessa pois, se somos a maioria, a minoria, ou um caso isolado. Aliás, a terceira hipótese é uma constante na minha vida, em diversas matérias… e daí?
No fundo até gosto.
Encontro um colo em mim mesmo, recupero na dor ainda que ela eternamente me marque, sou feliz por ser quem sou e quanto mais me conheço mais gosto de mim.
Egocentrismo? Narcisismo? Experimentem convosco!
Vão ver que gostam e eu assim também gosto ainda mais de vocês.
Chamemos-lhes antes de auto-estima, segurança, amor-próprio… levem pois daqui os remédios que quiserem e nas quantidades que vos apetecer.
Acreditem que por cá:
sobra e sobrará
S E M P R E.