O tempo vai avançando.
Continuo um “puto novo”. Aliás espero “assim” ser para sempre, mas a verdade é que estou habituado em todas as coisas sérias onde me meto na vida, a ser sempre dos mais novos.
Ou melhor… ESTAVA habituado. A verdade é que à medida que o tempo passa, também eu já sou dos “mais velhos”, dos “mais experientes”, dos “mais antigos”.
Em muitas estruturas que me envolvi, habituei-me a ser um miúdo no meio dos mais experientes. E com eles fui sempre aprendendo.
Aliás, chocaram-me sempre ao longo da vida, as lutas de “geração”.
Porque já todos fomos novos e um dia seremos velhos – noções essas tão relativas, por serem sempre feitas em comparação a outrem. Por isso, a arte está em saber-se estar, em relevar o que deve ser relevado, em aprender com quem sabe e em auxiliar os que não estão tão abertos à mudança, a também eles evoluírem.
Nem sempre é simples. Obriga-nos isso sim a uma grande maturidade, humildade e paciência.
Sou afortunado! Sempre procurei os “mais velhos”, para meus amigos. Meus conselheiros. Meus sábios.
Sempre fui também deles confidente, muitas e muitas vezes. A esse propósito destaco sempre o meu Pai, com idade para ser meu avô, que considerei uma sorte no meu caso. Entendíamo-nos bem.
Aos poucos, vou ficando eu também o sábio, o conselheiro e vestindo essa roupagem que me é tão familiar, de homem feito e conhecedor de um conjunto de assuntos, sustentados em teoria mas igualmente estruturados em experiências sólidas. Boas e más, como assim deve ser.
Vou ficando o “puto novo”, mas “bem vivido”.
E é mesmo bom. Remédios destes valem a pena.
NOTA: Na foto estou ladeado de grandes homens das suas épocas, sendo que à minha esquerda está o meu velho amigo e irmão Carlos Jaime, que me dá o prazer de Comandar actualmente o Corpo de Bombeiros de cuja Associação sou eu o Presidente. Nos Bombeiros do Dafundo e na vida, duplas destas, equipas assim: valem mesmo a pena.