Desde que adquiri consciência e despertei, não mais adorei nem me verguei perante imagens. Nem de Budas, nem de Santos, nem de Cristos, nem de Deuses.
Na verdade, nunca acreditei que ali estivesse contido o poder de coisa alguma, ou que fosse justo sequer, prostrarmo-nos perante um objecto criado pelo homem.
O que nunca quis isso dizer, que não apreciasse mais algumas em detrimento de outras, que não as admirasse pelo valor estético, ou que desconhecesse o valor simbólico das mesmas.
Nessa simbologia, o papel de quem mas oferece, ou de quem pertenceram, carrega precisamente o que mais nelas me interessa: o amor, o carinho, a energia do ser em si.
E nessa lógica de conexão e de ligamentos, que cada vez mais nos preenchem, nos enchem o coração e nos resgatam a alma… esta imagem/objecto, de “simples coisa” se transmutou.
De profana, passou a “sagrada” e iniciaticamente adquiriu um valor inestimável.
É também muito essa, a beleza das coisas.
Fez-se pois, magia. Obrigado.