Revisito na imagem que dá corpo a este meu post de hoje, um dos meus escritores favoritos e sempre recomendáveis: Hermann Hesse.
O tempo vai avançando.
Sinto isso por exemplo nos meus cabelos, que vão ficando devagarinho e como sempre os sonhei ter, um dia: grisalhos. Mas não só nos meus… nos dos outros, também.
Olho e observo rostos marcados pelo tempo. Aos poucos, muito ao de leve. Preocupo-me mais com a minha alimentação, com a minha saúde.
Livra, que quero ser jovem mais tempo ainda!
Meninas de ontem, são agora mulheres. E algumas das que reconheci um dia como mulheres, são afinal ainda e às vezes: meninas.
Isso não é necessariamente mau. Mas às vezes, é.
Já os rapazes… quase sempre são apenas: rapazes. Poucos reconheço, já como homens… tirando os que já bem vividos, se fizeram entretanto Homens, mesmo.
Aprendi a viver menos a desilusão… O que equivale a iludir-me menos.
Na verdade, espero a maior parte da mudança, de dentro de mim mesmo. Às vezes, percebo que algumas das minhas montanhas, poderão ser já intransponíveis, derivadas da passagem do tempo. Outras vezes, não.
O que sei, é que muita coisa me emociona, bem mais do que alguma vez me emocionou. É delicioso estar vivo, não obstante doer muito…
Olho com mais calma para o céu. Olho com mais calma para o mar. Olho-TE com mais calma. Olho com mais calma.
O l h o
c o m
m a i s
c a l m a
Com mais.
Tudo tem mais de mim. Sou mais EU, em tudo. Até no
silêncio